Almoço solitário, ou melhor, acompanhada por Poetrix... rsrsrsrs... Arroz com ervas finas acrescido de quadradinhos de tomate e salpicado com ervilhas; panaché de legumes (repolho, vagem, couve-flor, brócolis, cenoura, pimentão, cebola e muita pimenta) - tudo acompanhado por deliciosa mandioca cozida e dourada ao azeite extravirgem suave. Realmente, a carne dos nossos amiguinhos indefesos é totalmente dispensável. Por não me alimentar mais com nenhum tipo de carne animal, sinto-me um ser humano melhor, graças ao amor que desenvolvi por meu querido Poetrix (a foto não é de hoje). Obrigada, meninão!
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Rio de Janeiro, 21 de julho de 2016 - 18h07
22 de outubro de 1983 - pelas letras benevolentes de Dna. Madalena Landi, conheci o Budismo de Nitiren Daishonin. Essa lembrança é para sempre. Às vésperas do nascimento de Gabriel Mota Felinto, estava com Arnóbio pai e Arnóbio Felinto no Restaurante La Gôndola (em Copacabana) e Dna. Madalena foi encontrar-se comigo. Detalhe: não nos conhecíamos pessoalmente. Disse-me à época: "Aqui está a chave para a sua felicidade. Você só não a usa se não quiser." Saudades...
A Flor de Lótus é o símbolo do Budismo. Em japonês diz-se RENGUE.
A mensagem budista é de que independente das circunstâncias vividas, por mais duras sejam estas, podemos revelar o Estado de Buda inerente em nossas vidas. Alcançar o Estado de Buda é manifestar força e sabedoria para tornarmo-nos seres humanos mais benevolentes e ricos de boa sorte. Para tal, os budistas recitam/oram diariamente o Daimoku - mantra NAM-MYOHO-RENGUE-KYO, que, numa visão geral significa: Eu me devoto à Lei Mística de Causa e Efeito, através do ritmo universal.
MYOHO-RENGUE-KYO é o título do Sutra de Lótus exposto pelo Buda Sakyamuni (fundador do Budismo) e o NAM foi acrescentado pelo Buda Original Nitiren Daishonin (Buda da nossa Era).
NAM = devoção (não é adoração).
MYOHO = Lei Mística. Místico significa difícil de discernir. HO corresponde a todos os fenômenos que podem ser percebidos pelos nossos sentidos, enquanto MYO relaciona-se aos aspectos da vida que não podem ser percebidos.
RENGUE = Flor de Lótus = nasce ao mesmo tempo em que brota sua semente, fato que ocorre em raríssimas espécies do reino vegetal. Simboliza a simultaneidade da Lei de Causa e Efeito. A Flor de Lótus nasce no pântano e, quanto mais imundo esse pântano, mais branca e pura ela floresce.
KYO denota as vozes e sons de todos os seres vivos. O som nunca se interrompe, expandindo-se pelo Universo.
É uma filosofia de vida muito bonita e pura.
Como demonstrei acima, recebi o NAM-MYOHO-RENGUE-KYO pelas mãos de Dna. Madalena Landi, uma senhora com plena convicção de que através do budismo, nenhuma oração permanece sem resposta.
Pois bem, no dia 3 de novembro de 1983, acabara de trazer ao mundo o meu segundo filho Gabriel Mota Felinto e, ainda na maternidade da Beneficência Portuguesa, Catete, no Rio de Janeiro, sua vida corria perigo. Disse-me um dos médicos (friamente e sem nenhum cuidado com os meus sentimentos):
- A senhora deve ter fumado muito durante a gravidez, para que isso acontecesse...
- Mas, doutor, eu nunca fumei na minha vida!
- Então, a senhora deve ter ingerido bebidas alcoólicas...
- Também não bebo, doutor... tenho horror a bebidas alcoólicas!...
- Bem... se o seu filho não vier para o quarto, até as cinco horas da manhã, prepara o coração para o pior.
Entrei em desespero!
O nosso amigo Henrique Landi, filho de Dna. Madalena Landi, que então era namorado da minha cunhada Graça Felinto (hoje são casados, com dois filhos e muito felizes), estava presente naquele momento e revelou-nos, após a saída do médico, sua revolta com aquela interferência desumana:
- Mas, como não sou o pai, fiquei calado...
Chorei muito.
Minhas visitas foram embora.
Dna. Madalena, que nem me conhecia direito, ao saber do meu problema através do filho, telefonou-me imediatamente, na tentativa de convencer-me a recitar o mantra acima referido, sob a determinação de que o meu filhinho viveria para contribuir para o estabelecimento da Paz Mundial.
Em desespero, disse-lhe:
- Dna. Madalena, a minha vida inteira dediquei-me às orações cristãs. Como, mudar agora, quando o meu filhinho corre risco de morte, se nem ao menos compreendo o significado desse mantra?
Respondeu-me a querida senhora:
- Quando você toma um remédio, compreende a bula médica?
Respondi-lhe:
- Não.
Ao que Dna. Madalena acrescentou:
- Pois recite o NAM-MYOHO-RENGUE-KYO, como se estivesse a tomar um remédio para curar o seu mal. Faça isso e determine, do fundo do seu coração, que o seu filhinho será um grande valor para a Paz Mundial.
Tão forte e convicta foi a sua palavra, que, mal desliguei o telefone, conversei com o ser transcendental ao qual recorria nos momentos de dificuldade:
- Deus, se você é tão bom como todos me ensinaram até hoje, compreenderá o meu desespero, neste momento no qual desejo o meu filhinho vivo e, para que isso ocorra, mudarei a minha oração, até que a enfermeira o traga para os meus braços.
Dito isso, em voz alta, iniciei a recitação do Daimoku, pela noite adentro... As lágrimas escorriam pelo meu rosto...
Faltavam exatamente 3 minutos para as cinco horas da manhã, quando o meu filhinho veio para os meus braços, tão belo! Naquela noite, comprovei a força do NAM-MYOHO-RENGUE-KYO na minha vida. No ano seguinte, em maio de 1984, converti-me ao budismo de Nitiren Daishonin.
Abaixo, fotografia do dia seguinte ao nascimento, com Gabriel nos meus braços, rodeado pelo irmãozinho Arnóbio Felinto e pela família paterna: minha sogra Dna. Amália Felinto e minhas cunhadas Wilma Felinto e Lúcia Felinto.
O butsudã que protege o meu Gohonzon - objeto de devoção budista -pergaminho sagrado, onde se inscrevem as forças do Universo e o seu equilíbrio através do NAM-MYOHO-RENGUE-KYO.
Frente ao Gohonzon, realizo os meus desafios através da recitação diária do Gongyo e do Daimoku e transformo a minha vida dia a dia.
31 de março de 1969 - Diploma do Conservatório Musical Santa Cecília, Lorena, São Paulo. Encontrei-o, por aqui... Saudades do meu querido professor Emilio Cortez da Silva! Executei meu acordeon, acompanhada pelo seu violino, em alguns eventos realizados em Lorena. Fizemos sucesso com Glórias de Toureiro! Que professor apaixonado e apaixonante!
O Conservatório Santa Cecília foi vendido para uma ex-aluna e agora chama-se Conservatório Musical Maestro João Evangelista.
Esse foi o meu primeiro acordeon, presente do querido Tio Lulu, irmão do papai - um Longhini verde de 80 baixos. Tio Lulu era lindo! Morria de ciúmes dele!!! Era bem pequenina, quando namorou uma prima - a Elza - e, um dia, da calçada da casa da Vó Lourdes, subi até o peitoril da janela para vigiá-los... Lembro-me, até hoje!!!
Foto principal - 1969: Em festa junina, eu e a linda Nair. Fomos as "sanfoneiras" da festança, no Clube Elefante Branco. Nair, à época, era namorada do meu Tio José Silvio. Casaram-se e estão juntos até hoje. Tia Nair foi a minha terceira professora de acordeon. Na realidade, preparou-me para ingressar no Conservatório Musical de Lorena, onde se formara anteriormente.
Segunda foto: 1967 – Festa junina no campo do Estrela.
Terceira foto: 1966 (?) – Festa junina no Grupo Escolar Antonio João. Observem a carinha de sono... rsrsrs...
Em 1968, declamando poema sob autoria da minha mãe Mariinha Mota - Evento na Praça Duque de Caxias - Piquete - São Paulo - Brasil. Lembro-me de que havia uma tocha simbólica a ser levada pelas ruas da cidade, mas papai não me deixou levá-la. A missão foi transmitida à Lígia. Observem, à frente do busto de Caxias, a pira onde a tocha permaneceu acesa. Esse evento ocorreu cerca de dois meses após o concurso de Miss Estudante Vale do Paraíba, do qual ambas participamos e arrebatamos o primeiro (Lígia) e o segundo (eu) lugares.
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Piquete, Cidade Paisagem
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Existe uma cidade linda, acolhedora,
almo ninho imortal de cálidos olores;
de edênica paisagem, tela sedutora,
domicílio gentil de rosas e de flores.
O povo bom se iguala à flâmea natureza!
Humildes operários, almas superiores,
guardam em seus corações manifesta grandeza,
vivendo para a paz e o bem imorredores.
Num recanto da amada Pátria Brasileira,
envolvendo-a lá está a Serra Mantiqueira,
parecendo, à tardinha, um manto rosicler.
É assim minha cidade bela e pequenina,
onde vivi contente os sonhos de menina
e realizei, feliz, meus sonhos de mulher.
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