Sentinela da Justiça
Ergue-se entre sombras e vendavais o homem que vela o sopro da liberdade. Na mão, empunha a força ancestral do tempo e o peso sereno da lei. No olhar, arde a centelha altiva de um país inteiro - esperança viva em meio ao tumulto das eras.
Enquanto forças ocultas tramam em silêncio suas engrenagens sombrias, o audaz guerreiro finca a palavra no chão sagrado da verdade. Não há ouro que corrompa seu gesto, nem aço que curve sua coragem sobre o altar da opressão.
Diante da noite que ronda os direitos e as vozes, acende o farol inquebrantável da Constituição e segue, destemido, entre pedras, punhais e vendavais, com o peito em marcha — firme — pela nação ameaçada.
Se o mundo o observa com dedos em riste, que aprenda a reconhecer o escudo da firmeza heróica, pois quem guarda a casa do povo carrega no peito o lume aceso da pátria que resiste ao autoritarismo infame de quem se transmuta o tempo inteiro e de forma imponderada em deuses eloquentes da discórdia.
Ah!... E se a falácia de algum império ousar ameaçá-lo, que compreenda: não se cala o brado de um juramento patriota! Afinal, entre todas as terras sob o céu, há solo mais nobre do que aquele onde a Justiça caminha… em nome do povo?
Sílvia Mota
Poeta e Escritora do Amor e da Paz