A guerra começa no tom
da palavra-arma.
A paz começa no som
do que a guerra deixa.
No limiar difuso
entre guerra e paz,
não há descanso,
mas tensão e vigília
na veia emocional.
Nesse meio obtuso,
a dor chega sem filtro
e o silêncio não é alívio,
mas presságio e presença.
A guerra é conflito moral,
que fere em açoite.
A paz é presença do amor,
na luta entre ecos.
No vão entre vozes,
germina um sopro incerto —
se a guerra se cala,
a paz se refaz em ruínas,
e o homem se inventa de novo.
Rio de Janeiro, 22 de junho de 2025 - 20h45
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz