Saudade
Quando os raios de Sol
afagam o espectro
da Mantiqueira,
sou terra e céu
em oração
e revigoro
as róseas nuvens
da Terra Natal.
Quando o bambuzal
se enrosca atrevido
no pensamento,
tal amante extremoso,
que pulsa o coração,
sou flor do arrebol
nos jardins perfumosos
da Terra Natal.
Quando a noite rabisca
a bandeira patriota
que balança altaneira
na rua da infância,
sou frio mordaz,
luz da matriz
e lembrança acridoce
da Terra Natal.
Quando os olhos cansados
acordam distantes
do mato em festim,
sou barro vermelho,
pedra no leito do rio,
colina de vento faceiro...
e lágrima saudosa
da Terra Natal.
É madrugada...
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Rio de Janeiro, 10 de março de 2022 – 4h40
Foto capturada na Internet
Autoria não identificada