Molduras
Minhas obras pictóricas realizam-se em telas que não levam molduras compradas nas esquinas. Emoldurá-las ao bel prazer de outrem, é aceitar um coautor que não sente o meu sentir no momento em que sou apenas a arte que me habita. Quando alguém insiste, considero tal interferência uma invasão ao processo criativo que se deseja livre.
A mesma diretriz, na vida particular. Não permito a nenhum artífice a moldura de mim e nem a mim admito trancas e retrancas. Sendo assim, na arte ou na vida, as molduras somente são bem-vindas quando se inserem ao contexto: continuação da obra ou de mim. Vale dizer, portanto, que posso me inspirar em ti, mas, só cabe a mim criá-las.
Cabo Frio, 24 de fevereiro de 2010 – 00h10
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Enviado por Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz em 29/11/2020
Alterado em 29/11/2020
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