Estranheza
A veia poética que me habita, por vezes, provoca leituras que não se harmonizam com a realidade visível do momento-mulher que traz à luz os versos. É nada mais, nada menos, do que a expressão do eu-poético que procura a insensatez dos oceanos apaixonantes, místicos, mágicos e impenetráveis.
Eu-poeta vivo, sonho, soluço e morro em poucos segundos. Mas, renasço sempre mais forte e sempre mais poesia... para novamente viver, sonhar, soluçar e morrer... Círculo vicioso sui generis, sem vícios estagnados, indomáveis ou perniciosos. A cada nascimento, um novo morrer; a cada morte, um novo renascer.
Subjetiva ao extremo, minha verdade poética é circunstancial. Nunca mentirosa – porque intensamente vivida, ainda que essa intensidade perdure por frações de segundos – o tempo suficiente para concretizar-se nas folhas soltas da imaginação. A eternidade dos versos fica por conta do Amor que me direciona em quaisquer caminhos. Elo do meu coração com a pureza do Infinito. Sem Amor – nada sou... nem poeta! Com Amor – sou tudo... principalmente poeta! Transito pelas vias dessa emoção, que, por ser flor e espinho, me perfuma e machuca ao mesmo tempo.
Os meus versos deslizam pelos meandros da Saudade Eterna; uma saudade, que não possui início ou fim. Livres que são, nunca os armazeno na memória e, talvez, por esse motivo, sejam sempre novos e me assustem ou cativem, quando os leio tempos depois da escrita.
Não sei bem como explicar esse processo criativo insano, ou, se necessita mesmo de explicação... 🤔
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Rio de Janeiro, 26 de setembro de 2019 – 5h21
Enviado por Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz em 26/09/2019
Alterado em 26/09/2019