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BRASIL. Eu e o Golpe Militar de 1° de Abril de 1964
 
Eu e os meus 12 anos. Recém entrara para a adolescência à época do Golpe Militar de 1º de abril de 1964. Meus pensamentos ainda vagavam pelas ilusões de um mundo maravilhosamente perfeito, quando me deparei com canhões, muitos canhões, entrando pela cidade adentro. Lembro-me, como se fosse hoje, de que a ordem era atirar em qualquer avião que sobrevoasse nossa pequenina cidade. Motivo: Piquete abrigava a grande Fábrica Presidente Vargas, de Pólvora sem Fumaça. Literalmente aprendi, de um momento para o outro, que a defesa bélica do país se encontrava no meu recanto de montanhas, matas e de flores. Não sei bem se compreendi o alcance daquela epopeia. Meu coração era puro demais para aceitar a violência de seres humanos contra seres humanos.
 
Hoje, ao assistir filmes e vídeos e de ler crônicas e outras matérias sobre a época, meu coração pula assustado (como outrora), um nó amargo aperta-me a garganta e os meus olhos ficam repletos de lágrimas... E, conquanto ostente atitudes diferentes, ainda sonho com um Mundo de Amor e de Paz.
 
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Rio de Janeiro, 31 de março de 2012 - 12h13
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Enviado por Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz em 29/07/2018
Alterado em 29/07/2018
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