De ouro são os silêncios que trazem a noite
Pelo braço
E deixam rastos de insónia
A temperar as palavras sonolentas
Que se erguem fagueiras
Para destronar os fantasmas
E mimar as estrelas! De ouro e brocado se adornam as valquírias
Que assombram o despertar dos sóbrios
Quando nascidos os dias
Se perfumam de sândalos e jasmim
E acendem lumes brandos
Que iluminam, mais longe que o sonho,
Os caminhos nascidos na alma! São flores! Tules! Cambraias! Idílios sonoros
Que afagam e rejuvenescem…
São cascatas e penedias, florestas onde os gnomos
Se digladiam em jogos fantásticos…
São segredos que se gritam! Odes que se cantam!
Palavras que se reinventam para definir
O que nunca foi dito! São distâncias percorridas numa fracção de luz: um ápice!
São gestos gastos na cegueira dos átomos,
No soluço das emoções incontidas e ingénuas,
No instante vazio de ser-se a ponte para a margem
Incógnita, onde a harmonia se consuma na diferença
Dos fusos e da morfologia dos sentidos!
Decantadas e silentes, crescem espontâneas… São Rosas D’Ouro! Em 21.Ago.2010, pelas 10h00 - PC
(Homenagem a Sílvia Mota, poetiza e criadora do PEAPAZ)
Poeta Paulo César: Rosa d'Ouro
Paulo César
Enviado por Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz em 05/08/2016