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Mokiti Okada (岡田茂吉, Okada Mokichi)
- fundador da Igreja Messiânica Mundial -
Mokiti Okada (岡田茂吉, Okada Mokichi) (23 de dezembro de 1882 - 10 de fevereiro de 1955) fundou a Igreja Messiânica Mundial (世界救世教, Sekai Kyusei Kyo), na qual é reconhecido pelo título honorífico de Meishu-sama (明主様, Meishu-Sama, Senhor da Luz). Dedicou-se ao estudo da religião, da arte e da agricultura natural e, nesse sentido, apresentou propostas viáveis e comprometidas com um desenvolvimento social pleno e integrado.

Nascimento e infância

Mokiti Okada nasceu em 23 de dezembro de 1882, no bairro de Assakussa, em Hashiba, na cidade de Tóquio, capital do Japão. Cabe ressaltar uma curiosa coincidência (OKADA, 1999, p. 42): 23 de dezembro corresponde ao dia seguinte do solstício de inverno no hemisfério norte, quando o período noturno é o mais longo durante todo o ano. O dia 23 é a data em que o período diurno começa a alongar-se novamente. O inverno pode ser considerado a fase negativa do ano, de modo que no dia 23 de dezembro começa-se a caminhar para a fase positiva. Por isso, tanto no Ocidente como no Oriente, existe a crença de festejar o solstício de inverno como sinal de respeito à luz do Sol, origem de toda a vida, como momento em que a Luz ressurge e todas as coisas renascem. Sendo assim, Mokiti Okada veio ao mundo no misterioso dia que simboliza o alvorecer do ano. Isso torna ainda mais misterioso o evento do seu nascimento.

Mokiti Okada nasceu como filho de Kissaburo Okada e Tori (cujo nome de solteira era Kanayama), que se casaram em 1871. À família, somava-se Shizu, sua irmã e Takejiro, seu irmão. Havia ainda uma irmã mais velha, chamada Haru, que morreu um ano antes do seu nascimento. Nessa época, a família morava numa humilde casa de aluguel situada no bairro de Hashiba, nº 63 (atualmente Hashiba, quadra 2, nº 2, Distrito de Daito). O local, hoje, faz parte da Sede Metropolitana de Tóquio da Igreja Messiânica Mundial. Seus pais pertenciam a um templo dedicado a Kannon, divindade budista da misericórdia. Mas, pelo que se sabe, a devoção dos pais não influenciou o filho. A família humilde sobrevivia graças ao comércio de objetos usados.

Anos mais tarde, Mokiti Okada (OKADA, 1999, p. 44) escreveu sobre a sua vida nessa época:

"Nasci em Hashiba, bairro localizado em Assakussa, Tóquio. Lembro-me vagamente de que meu pai negociava com objetos usados e de que nossa casa só tinha dois cômodos: um, com mais ou menos 4,90 m2, onde funcionava a loja, e uma sala de estar com aproximadamente 7,30 m2. Todas as noites, ele ia ao Parque Assakussa, distante mais ou menos 1 quilômetro, para abrir sua barraca noturna.

Desde que tenho consciência, muitas vezes ouvi meu pai falar que, se não conseguisse determinada quantia naquela noite, não teríamos o que comer no dia seguinte. Então; caso não chovesse, ele carregava uma pequena carroça com alguns utensílios velhos, e minha mãe, levando-me às costas, ia empurrando-a. Vivendo numa pobreza extrema, ela ficou desnutrida e, como não tinha leite para me amamentar, ia pedir leite materno à esposa de um bonzo do Templo Renso-ji, que ficava próximo. Quando eu estava para terminar o curso primário, a situação financeira de minha família melhorou um pouco, e então pude ingressar na Escola de Belas-Artes.

Portanto, em minha infância, e mesmo quando já tinha uma família para cuidar, durante um bom espaço de tempo provei o sabor da pobreza, podendo compreender o quanto o dinheiro é motivo para gratidão. Isso me foi de grande proveito, pois ainda hoje não consigo desperdiçar nada, nem viver no luxo, de modo que sou até grato pela adversidade daquela época."

A época do nascimento de Mokiti Okada demarcava os primórdios do Japão contemporâneo, meados da Era Meiji (1868–1912). Após longos anos de governo feudal, o Imperador Meiji iniciara o processo de ocidentalização do país, modernizando a política de industrialização em todas as  regiões, no afã de restaurar o equilíbrio social e financeiro danificado pelo atraso do período feudal e equiparar-se às potências da Europa e dos Estados Unidos. Essas transformações, porém, não ocorreram somente no setor industrial. Todo o país mergulhou no estudo e na adoção da moderna civilização ocidental, inclusive na prática da medicina ocidental. Se, de um lado, a estrutura de um país moderno tomava corpo rapidamente, na outra extremidade, todos os aspectos da vida cotidiana do povo sofriam largas modificações, da comida aos tipos de penteado, calçados e roupas (OKADA, 1999, p. 41).

Em janeiro de 1889, aos seis anos de idade, Mokiti Okada adentrou na Escola Primária Básica Nishin, situada no bairro de Sanya. Essa escola fez o “Pedido de Instalação de Escola Primária” em julho do mesmo ano e, por isso, presume-se que por ocasião do seu ingresso ainda fosse do tipo terakoya, estabelecimento particular de ensino para o povo, onde se transmitiam ensinamentos básicos como ler, escrever e fazer contas; em geral, as aulas eram ministradas em templos budistas. No mesmo ano, foi aprovada a sua transformação em escola primária oficial. Parece que, nessa oportunidade, Mokiti Okada passou para o segundo ano. No certificado de aprovação datado da primavera de 1890, consta: “Certificamos a conclusão do segundo ano”. Com a data de 16 de setembro do ano anterior, existe também um “Diploma de Honra ao Mérito”, onde está escrito: “Honramos o seu esforço nos estudos e a excelência de sua caligrafia feita a pincel” (OKADA, 1999, p. 53). Por tal motivo, depreende-se que a promoção do menino Okada para o segundo ano tenha sido em caráter excepcional, por excelente aproveitamento.

Em maio de 1889, a família Okada mudou-se de Hashiba para Assakussa-Sanya. Sendo o bairro bem próximo do local onde situava-se a Escola Primária Básica Nishin, esta se tornou de fácil acesso para Mokiti Okada. Em novembro de 1891, a família mudou-se novamente, desta vez para o bairro de Senzoku, que distava aproximadamente 350 metros do Templo Senso-ji. Com isso, o menino transferiu-se para a Escola Primária Assakussa, onde estudou por quatro anos e meio até o término do curso em março de 1896. Seu aproveitamento sempre foi excelente. Na época, era costume os alunos que obtinham essa qualificação serem premiados durante o ano letivo, pela Comissão de Ensino; no final do ano, recebiam “Diploma de Honra ao Mérito” entregue pelo dirigente do bairro. Os diplomas que Mokiti Okada recebeu quando menino ainda existem (OKADA, 1999, p. 54).

Extremamente pobre e tímido na infância, desde a mais tenra idade Mokiti Okada foi uma criança muito frágil fisicamente e grande parte da sua vida foi de constante luta contra as doenças que o acometiam. A respeito disso, escreveu: “Até os doze ou treze anos eu era uma criança fraca e doentia e vivia tomando remédios. Consegui terminar o curso primário com muito sacrifício e, apesar de minha pouca idade, sentia inveja quando via crianças saudáveis. Mas era interessante como eu tinha bom aproveitamento na escola; sempre estava em primeiro ou segundo lugar, nunca ficando abaixo.” (OKADA, 1999, p. 54-55).

Adolescência e juventude
 
Em março de 1896, Mokiti Okada terminou o Segundo Nível da Escola Primária Assakussa e optou pela Escola de Belas Artes japonesa, fundada por Kakuzo Okakura, cujo nome artístico era Tenshin. A escola situava-se no Parque Ueno, onde seu pai o matriculou, mas, pouco depois, acometido por grave doença nos olhos - sentiu a vista embaçar e começou a ver as coisas duplicadas - viu-se compelido a desistir do curso (OKADA, 1999, p. 61). Com o passar do tempo e, aos poucos, recuperou a visão, mas a pintura não mais esteve em primeiro plano na sua jovem vida. Posteriormente, quis estudar makiê (arte típica japonesa em laca), mas um profundo e acidental corte no nervo do dedo indicador da mão direita, que ficaria permanentemente paralisado, interrompeu esse segundo projeto. Voltou-se, então, para a área do comércio e nela prosperou.
 
Na adolescência e juventude, Mokiti Okada muito sofreu com os males físicos que o agrediram. Aos 15 anos contraiu pleurisia, que o levou a uma internação no setor de tratamento gratuito do hospital da Faculdade de Medicina da Universidade Imperial de Tóquio. Aos 19 anos foi vítima da tuberculose, curando-se a partir de um regime alimentar vegetariano. Mais tarde, sucumbiu ao tifo, acolheu males do estômago, reumatismo, cistite, amidalite, dermatites purulentas, distúrbios cardiovasculares e terríveis dores de dente.

Sobre essas mazelas, escreveu certa vez:
 
“Quando eu tinha quinze anos, contrai pleurisia. Através de tratamento médico, feito durante quase um ano, fiquei completamente curado. Por algum tempo tive saúde, mas depois sofri uma recaída. Desta vez, a doença progredia aceleradamente e eu ia piorando cada vez mais. Passado pouco mais de um ano, diagnosticaram-me tuberculose de terceiro grau. Nessa época, eu estava exatamente com dezoito anos. Resolvi, então, consultar o falecido Prof. Tatsukiti Irissawa, o qual, depois de minuciosos exames, disse-me que já não havia esperança de cura” [...] “Era como se eu tivesse sido condenado à morte sem dia determinado para a execução.” (OKADA, 1999, p. 61).

Até essa etapa da vida, Mokiti Okada não praticava nenhuma religião e negava a existência de Deus. Para o moço, as imagens dos santuários xintoístas, as estátuas budistas e as imagens cristãs eram objetos feitos pelo homem e, por tal motivo, parecia-lhe irracional que fossem adoradas pelos seus próprios criadores (OKADA, 1999, p. 97). Considerava que a vida fosse construída com o esforço e a inteligência de cada um, crença que aplicava em sua vida diária.
 
Se durante a juventude Mokiti Okada não se envolveu diretamente com assuntos religiosos, preocupou-se com os problemas sociais e, no jardim das suas emoções, cultivou um profundo sentimento de justiça e altruísmo. Abominava o comportamento desleal, a desonestidade e a corrupção, de modo especial em políticos ou em qualquer pessoa que estivesse numa posição de liderança ou de responsabilidade junto à sociedade.


Mokiti Okada, em 1907

Primeiro casamento e vida profissional


Mokiti Okada atingiu a maioridade em 1902, quando as histórias sobre o sucesso de homens de negócio eram muito apreciadas na sociedade. Seu pai morreu em 22 de maio de 1905.
 
Pouco tempo depois, Guentaro Takahashi apresentou-lhe Taka Aihara, uma parenta sua, cuja família era da cidade de Yokohama, no Estado de Kanagawa. O pai da moça, Fussakiti, fora lutador de sumô quando jovem, mas na época era dono de uma loja de arroz. Tori, a mãe de Mokiti Okada, gostou muito da moça e o casamento foi marcado. Casaram-se em junho de 1907, depois do ofício religioso de três anos de falecimento de Kissaburo, tendo por padrinho o Sr. Takahashi. À época, Mokiti Okada contava vinte e quatro anos e Taka vivia seus dezenove anos de idade (OKADA, 1999, p. 74-75). O casal foi morar em Kiobashi. Após oito anos de casamento, Taka engravidou e no dia 1º de outubro de 1915, deu à luz uma menina, que recebeu o nome de Shigueko. Mas, em consequência do parto difícil, o bebê não resistiu. Mais tarde, a jovem engravidou mais uma vez, mas a criança nasceu morta. Em 1918, houve uma terceira gravidez, mas Taka contraiu tifo intestinal e depois de muito sofrimento, no dia 4 de junho de 1919, trouxe à luz uma menina, que não resistiu ao parto prematuro. Uma semana depois, muito enfraquecida, morre Taka, com apenas trinta e um anos de idade.
 
Tudo isso em muito abateu o ânimo de Mokiti Okada. Não obstante, como estilista de joias e administrador, sua situação social e financeira continuava excelente. Criava os desenhos na própria loja e depois entregava-os a um especialista em makiê. O estilo renovado e original, tornou-se bastante conhecido e as vendas aumentavam a cada dia.
 
No dia 25 de maio de 1912, morre Tori, mãe de Mokiti Okada, aos cinquenta e sete anos, exatamente três dias depois que se haviam completado sete anos da morte do seu esposo. Tori, na época em que Mokiti Okada era um jovem cheio de desilusão, entendera seu sofrimento, confortara-o e incentivara-o, por acreditar na sua capacidade. Agora que a perdera, sentia como fora infinitamente importante a sua existência.
 
Em 1913 ou 1914, a partir de intensas pesquisas, Mokiti Okada criou um novo produto que originaria bijuterias belíssimas. Adquiriu-lhe a patente, com o nome de “Diamante Wari”. Isso aconteceu em maio de 1915. Em agosto do ano seguinte, requereu a patente do desenho de uma combinação de estrela e lua e, a partir desse momento, o produto passou a ser chamado “Diamante Assahi". A invenção alcançou grande sucesso, o que o levou a obter dez patentes em todo o mundo, inclusive no Japão (OKADA, 1999, p. 89).

O segundo casamento

No final de 1919, Mokiti Okada contraiu segundo matrimônio com Yoshi Ota, no Grande Santuário Hibiya, perto do Palácio Imperial. Na manhã seguinte à cerimônia, o casal partiu em viagem de núpcias para To-no-Sawa, em Hakone. O Hotel Kansuiro, onde o casal se hospedou, ficava de frente para a Rodovia Nacional 1 e ainda hoje apresenta um aspecto bem tranquilo.
 
A descoberta espiritual
 
Os negócios de Mokiti Okada caminhavam sob as trilhas da tranquilidade. No entanto, sobreveio uma época adversa para essa crescente prosperidade. Em março do ano 1920, o mundo japonês dos negócios entrou em colapso total: embora os estoques diminuíssem, os preços baixaram drasticamente e sua empresa não foi exceção, pois caiu num estado bastante crítico.

Tomando uma grande decisão, Mokiti Okada instalou um escritório para instituir a Loja Okada Sociedade Anônima, transformando a administração, que era individual, numa sociedade anônima com um patrimônio de 2 milhões de ienes. Estava decidido a recuperar tudo aquilo que havia desmoronado, transformando o infortúnio em felicidade.

Nesse período, no inverno posterior ao do casamento, Yoshi engravidou do primeiro filho, o que gerou grande preocupação em Mokiti Okada, tendo em vista o que ocorrera com as três filhas do primeiro casamento e com a própria esposa. Mas, todos os cuidados permitiram que Yoshi desse à luz uma menina, na Maternidade Kamakura, situada em Omati, Kamakura, no dia 11 de outubro de 1920. Essa primeira filha recebeu o nome de Mitiko. Em 31 de dezembro de 1921, nasce-lhe o primeiro filho homem, que recebeu o nome de Mitimaro.

Em setembro de 1923, ocorreu o grande terremoto, que assolou repentinamente as regiões Kanto e Tokai, provocando para além da tragédia humana, grandes prejuízos econômicos para o Japão, de modo geral.
 
Além dos percalços que atingiram seus negócios por causa dessa calamidade, Mokiti Okada perdeu Mitimaro, seu primeiro filho homem, que morreu no dia 3 de outubro do mesmo ano. A criança tinha apenas um ano e nove meses e, apesar de pequeno, era muito inteligente. Após a catástrofe, houve um surto de cólera infantil e Mitimaro, que ninguém percebera ter contraído a doença, acabou por não ser socorrido a tempo (OKADA, 1999, p. 116). Com mais esse infortúnio, era muito grande a tristeza de Mokiti Okada, o que o fez refletir sobre as razões da vida e o porquê de tanto sofrimento.

Alguns fatores foram relevantes nessa fase de iniciação espiritualista de Mokiti Okada: o segundo casamento; a morte do primogênito fruto dessa união, o que configurou a perda de um total de quatro filhos; o Grande Terremoto de Kanto, em 1923, no qual foram afetadas milhares de pessoas; e o ingresso do casal na “Oomoto Kyo”, seita religiosa derivada do Xintoísmo, fundada em 1892 por Nao Deguchi (1837-1918), que pregava a correção dos erros da humanidade e a criação do Mundo Ideal. Progressivamente, desvinculou-se dos negócios comerciais e se dedicou às pesquisas parapsicológicas e ao estudo sobre a espiritualidade.

Mokiti Okada dedicou-se então à descoberta espiritual. Declarou ter recebido diversas revelações divinas, sendo a primeira em 1926, quando tomou conhecimento “do advento do Mundo da Luz, o Mundo Paradisíaco” (OKADA, 1984, p. 372) e alcançou o conhecimento total da Verdade. Eis sua descrição do momento especial:
 
"Por volta da meia-noite de um dia em 1926, sobreveio-me a sensação mais estranha, um sentimento que até então não havia experimentado. Era um impulso tão irresistível que simplesmente não podia descrevê-lo; sentia uma irreprimível vontade de falar. Não encontrava meios de suprimir o poder que estava usando a minha voz. Por isso, entreguei-me. A primeira manifestação verbal foi: 'Pegue algo com o que possa escrever'. Assim que a minha esposa trouxe papel e caneta, uma torrente de palavras foi lançada." (MEISHU-SAMA o Senhor da Luz, p. 3-4).
 

Mokiti Okada compreendeu que o conhecimento adquirido não lhe era particular, mas universal e pressentiu a necessidade de dedicar o resto da sua vida a uma só causa: divulgar a Verdade a todos os homens. E assim, Mokiti Okada foi revelado como Meishu-Sama, que significa Senhor da Luz.
 
Na madrugada de 15 de junho de 1931, Meishu-Sama, acompanhado pela esposa e cerca de 30 discípulos, subiu ao Monte Nokoguiri, para aguardar o nascer do Sol. À época, já atingira o grau de Kenshinjitsu - conhecimento total da verdade de todas as coisas e dos fenômenos do Universo e do homem (OKADA, 1984, p. 276). Naquele local, entoou pela primeira vez a oração Amatso-Norito - oração milenar em japonês arcaico, que objetiva a purificação de todos os seres do mundo espiritual e material e é entoada pelos fieis em todos os cultos e cerimoniais litúrgicos - e recebeu a Revelação Divina da aproximação da Era do Dia, marco inicial de uma nova civilização. Durante três dias que se seguiram ao dia 15 de junho, ocorreram fenômenos misteriosos. Meishu-Sana surpreendeu-se ao constatar que todos esses fenômenos tinham relação com o acontecimento divino vivenciado no Monte Nokoguiri: "Esta transição significa uma ampla revolução na cultura, a qual inclui todas as atividades da humanidade. Nesse momento, será efetuada a grande transição da  civilização dirigida pela Cultura  Material,  que  vigorava  até agora, para a Nova Civilização, dirigida pela Cultura Espiritual" (OKADA, 1984, p. 318).

Em 1° de janeiro de 1935, anunciou publicamente sua visão para uma nova civilização, que deveria trazer paz permanente e felicidade para todos os seres humanos do mundo independentemente da sua origem ou religião. Fundou um movimento religioso, com o objetivo de espalhar os seus ensinamentos - a Igreja Messiânica Mundial.

Sua concepção a respeito de Deus consubstanciou-se naquilo que lhe fora revelado e, mais tarde, escreveu Meishu-Sama: "Naquela época, foi-me confiada a grande missão de construir o Paraíso na Terra. No começo, duvidei, mas aí aconteceram tantos milagres, que fui obrigado a acreditar." Mesmo assim, durante algum tempo, permaneceu indeciso e silenciou a respeito das revelações; nada mencionou sobre a ordem de Deus: dizer às pessoas acerca da edificação do Paraíso na Terra e da cura dos enfermos. E, na sua humildade, reconheceu: "Foi apenas aos poucos que me conscientizei da grandiosa missão que Deus me havia outorgado."
 

Mokiti Okada acreditava que a única forma de ser feliz era ajudando outros a serem felizes e apontou a medicina, a agricultura e a arte, como as três áreas mais importantes na vida humana. Desenvolveu suas próprias teorias filosóficas e métodos concretos para colocá-las em prática, incluindo a técnica de cura e purificação - o Johrei. Logo após fundar a Igreja Messiânica Mundial, abriu um centro de reabilitação centrado nos poderes curativos da luz, que foi encerrado em 1936, sob a acusação de violar a Lei dos Prestadores de Cuidados Médicos (医師法違反). Nesse ano, Okada estabeleceu um método de agricultura originalmente chamado de "agricultura sem fertilizantes", ou "agricultura natural", que propõe um cultivo natural onde existe a harmonia com o meio-ambiente, com a alimentação, com a saúde do homem e com a espiritualidade.
 
Cerceado pela falta de liberdade religiosa no Japão à época, apenas a partir de 1947 (após o final da Segunda Guerra Mundial), o trabalho de Mokiti Okada foi abertamente divulgado. Nos seus últimos anos de vida, idealizou e promoveu a construção de três "protótipos do paraíso terrestre" (em Hakone, Atami e Quioto), formados por templos, jardins e museus destinados a expor as peças de arte que colecionava, pois defendia que a arte devia ser partilhada por todos e não escondida nas coleções privadas dos mais privilegiados.
 
A escola Sangetsu (山月) do Ikebana, inspirada por Mokiti Okada, foi fundada em 15 de junho de 1972. A Fundação Mokiti Okada (MOA), oficialmente denominada MOA International Corporation, desde 2009, foi criada em 1980 para continuar o trabalho de Okada, no condizente à criação de uma nova civilização com base nas suas filosofias e princípios, sem confinar a sua aplicação dentro de um quadro religioso. Grande parte da extensa coleção de arte de Okada alberga-se no Museu MOA, em Atami.
 
O Mokiti Okada e Yoshi passeando por Guinza, no verão de 1940.
Após esse passeio, foram ao cinema

Ser humano inovador
 
A cuidadosa atenção que o Mokiti Okada tinha para com Yoshi também era algo avançado para aquele tempo e mesmo para os dias atuais. Isso é constatado pelo fato de sempre levá-la consigo, quando saía. A esse respeito, Yoshi disse: "Na época, era uma grande novidade marido e mulher andarem juntos, de modo que chamávamos muita atenção. Eu achava que não estávamos procedendo muito bem, mas Meishu-Sama não se importava. Podemos dizer que também nesse ponto ele era moderno." Tratava-se, porém, de uma atitude natural de Mokiti Okada, que não gostava de parecer melhor do que era.
 
Mokiti Okada e sua esposa Yoshi, na primavera de 1953, escolhendo tecido na Loja Mitsukoshi
 
Cuidados com a aparência pessoal

Mokiti Okada era extremamente cuidadoso com a aparência pessoal. Presume-se que essa sensibilidade resultava dos longos anos de polimento da sua apurada percepção natural. A esse respeito, ensinou: "A roupa, a alimentação e a moradia do ser humano devem ser os mais belos, desde que ele não ultrapasse os limites de suas possibilidades. Agindo assim, estaremos correspondendo à Vontade Divina. O belo não é apenas uma satisfação; ele agrada também aos olhos de terceiros e por isso podemos dizer que apresentar-se bem arrumado é uma espécie de ação."
 
O Mestre tinha um especial interesse por gravatas, e sempre dizia que, observando a gravata de um homem, sabia a sensibilidade estética e a intensidade da vaidade desse homem.
 
A obra de Mokiti Okada
 

Mokiti Okada escreveu a respeito das ciências humanas como: Arte, Filosofia, Educação, Política, Economia, Religião. Discorre, ainda, sobre ciências naturais como Agronomia, teoria sobre a causa da doença, entre outros temas, englobando as diversas áreas culturais. Ao prever, já naquela época, os problemas agrícolas da atualidade, voltou-se para a pesquisa no campo da Agricultura Natural, chamando a atenção para a nocividade dos inseticidas agrícolas e adubos químicos e de origem animal. Ensina que a própria terra, em seu estado natural, é o mais poderoso agente fertilizante. Salienta também, a importância do amor e respeito ao solo e sua energia, razão pela qual, esforçou-se na divulgação do método de Agricultura Natural.
 
Por amor à arte, Mokiti Okada estava sempre em contato com obras de arte e, durante o período após a Segunda Guerra Mundial, começou a comprar obras de arte japonesa, a fim de evitar que essas fossem vendidas para o exterior. Com vistas a fundar um museu, Mokiti Okada pesquisou sobre Arte em livros, galerias, exposições e museus famosos. Ao seu pensamento, o contato com as obras-primas da Arte purifica a consciência do ser humano, proporcionando-lhe, ao mesmo tempo, o verdadeiro êxtase. Procurava, assim, desenvolver a beleza harmoniosa no espírito do homem, não se limitando apenas à contemplação do Belo.
 
Segundo a Fundação Mokiti Okada (apud DOS ANJOS, 2013, p. 40), o número de escritos que Meishu-Sama legou é de 2.500 ensinamentos redigidos e 4.000 poemas waka. Os ensinamentos foram escritos em forma de crônicas e teses, cujos conteúdos refletem a preparação espiritual que o fundador preocupava-se em fazer para interpretar os conteúdos de tudo que ouvia no rádio e lia nos jornais, mesmo na época do pós-guerra. Com máxima seriedade, transmitia suas interpretações que hoje estão adaptadas em ensinamentos.
 
Morte
 
Mokiti Okada morreu em 10 de fevereiro de 1955, aos 72 anos de idade, preocupado com o bem-estar da humanidade. Legou à posteridade, inúmeros estudos sobre as diversas áreas do conhecimento humano, como política, medicina, educação, filosofia, economia, entre outras.
 
As milhares de pessoas que acompanharam o seu funeral despediam-se, não somente do filósofo espiritualista, mas daquele homem simples que se revelou também como escritor, poeta, calígrafo, pintor, projetista de jardins e conjuntos arquitetônicos, colecionador de arte, fundador e diretor de museu, fundador e redator-chefe de jornal, preconizador da Agricultura Natural, idealizador do Johrei e do Ikebana Sanguetsu. Os feitos e as obras do Mestre Mokiti Okada visavam um único fim: fazer felizes as pessoas, pela apreensão da Verdade, a prática do Bem e a apreciação do Belo.
 
Família Okada no comando da seita a quatro gerações:
 Mokiti Okada, Yoshi Okada, Itsuki Okada e Yoichi Okada
 
Descendência

Com a morte de Mokiti Okada, a esposa Yoshi Okada - que recebeu o nome de Nidai-Sama, Segunda Líder Espiritual, conforme a vontade do marido, assumiu a liderança da organização, vindo a falecer em 1962. Então, a filha do casal, Itsuki Okada, conhecida pelo nome de Sandai-Sama, ocupou o posto de líder máximo da seita até o seu falecimento em 4 de setembro de 2013, aos 86 anos de idade. Foi substituída pelo sobrinho Yoichi Okada, o Kyoshu-Sama, que delegou a Tetsuo Watanabe a responsabilidade pela liturgia da Igreja do Japão no mundo.
 
 
CEDER PARA CONQUISTAR
 
"Seja flexível para conquistar", é uma regra de ouro. Pode ser difícil praticá-la, mas devemos treinar a nossa índole e educar a nossa mente nesse sentido. Em alguns casos, é preferível aparentar ignorância ou mesmo perder uma discussão. Qualquer possível humilhação ficará gravada apenas na mente e por um período temporário. Com o passar do tempo, a outra pessoa pode começar a compreender a verdadeira situação e mudar de atitude. Pode-se pensar: "eis uma pessoa sincera", começa a acreditar em você e até mesmo a admirá-lo. Tendo aparentemente vencido uma discussão, o seu adversário se torna inseguro por não fazer ideia do que você tem em mente. Assim o derrotado se torna vencedor e é por isso que, às vezes, é preferível deixar que os outros persistam em suas ideias. Tentar impor as nossas opiniões é uma psicologia inábil. Ainda que estejamos certos, não devemos desnecessariamente insistir em argumentos a nosso favor. Aprendendo a ceder em determinadas circunstâncias, acabaremos vencendo, porque nos ativemos ao que é justo e verdadeiro.
 
OKADA, Mokiti. Fragmentos de ensinamentos de Meishu-Sama. São Paulo: Fundação Mokiti Okada, 1985.
 
A VERDADE SOBRE A SAÚDE
 
Para explanar sobre o assunto, devo dizer inicialmente que a verdade, em matéria de saúde, está na adaptação e no respeito à Natureza. Essa é a condição fundamental.
 
Antes de mais nada, deve-se pensar: com que objetivo Deus criou o homem? Segundo nossa interpretação, foi para construir um mundo perfeito, de Verdade, Bem e Belo. É de se esperar, entretanto, que uma teoria como essa não seja aceita com muita facilidade. Evidentemente, não se sabe se levará dezenas, centenas, milhares ou até milhões de anos para se concretizar o mundo ideal. Todavia, observando os fatos do passado, vemos claramente que o mundo vem caminhando passo a passo neste sentido; ninguém poderá negá-lo. Deus é o espírito, e o homem é a matéria; ambos, o espírito e a matéria, em trabalho conjunto, estão em infinita evolução, tornando-se desnecessário dizer que o homem existe como instrumento de Deus para a construção do Mundo Perfeito. Consequentemente, sua responsabilidade é enorme.
 
A condição fundamental para a execução dessa obra grandiosa é a saúde. Deus atribuiu uma missão a cada pessoa, concedendo-lhe, logicamente, a saúde necessária para cumpri-la. Com efeito, se o homem estiver doente, significa que o sagrado objetivo de Deus não será alcançado. Tomando este princípio por base, concluiremos que a saúde é inerente ao homem, devendo ser o seu estado normal. O estranho é as pessoas serem acometidas de doenças com tanta facilidade, ou seja, ficarem em estado anormal. Sendo assim, apreender claramente os princípios da saúde e fazer o homem retornar ao estado normal está coerente com o objetivo de Deus.
 
Mas o que descobrimos ao examinar o corpo humano em estado anormal? Em primeiro lugar ressalta que ele está em desacordo com a Natureza; perceber a real situação desse estado antinatural, corrigi-lo, fazendo voltar a normalidade, é a verdadeira Medicina. E mais: tornar possível esse retorno é a forma existencial da correta Medicina. Passarei, portanto, a explicar o que vem a ser o estado antinatural.
 
Quando nasce, o homem alimenta-se com o leite materno ou com leite animal, pois ainda não tem dentes, e seu aparelho digestivo, recém-formado, é muito frágil. Gradualmente, porém, nascem-lhe os dentes, e, à medida que suas funções orgânicas se desenvolvem, ele começa a ingerir alimentação adequada. Existe uma variedade de alimentos, cada um com sabor característico, sendo que o homem é dotado de paladar para comê-los com prazer. Além disso, o ar, o fogo e a água existem em proporções adequadas à saúde, de modo que tudo está ordenado de maneira realmente perfeita. Quanto ao corpo humano, vejamos: do cérebro nascem a razão, a memória e o sentimento; os objetos são criados com as mãos; a locomoção é feita livremente, por meio dos pés, e o corpo está provido de partes muito necessárias, como cabelos, pele, unhas, olhos, nariz, boca, ouvidos, etc. Acrescente-se a isso que o corpo todo, a começar pela face, está recoberto de pele, que ressalta sua beleza. Um rápido exame já evidencia que o ser humano é uma obra maravilhosa; analisando-o mais profundamente, concluiremos que ele é um milagre da Criação, difícil de se expressar com palavras.
 
As flores, as folhas, a beleza dos rios e das montanhas, os pássaros, os insetos, os peixes e outros animais não podem deixar de ser admirados como obras extraordinárias da Arte Divina, mas o homem é, inegavelmente, a obra-prima do Criador. Principalmente no que se refere ao processo de procriação, como preservação da espécie, a Providência é tão hábil, que não encontramos palavras para exprimir sua perfeição. Ora, sendo o homem a obra máxima de Deus, devemos pensar, séria e profundamente, que erros, que ações antinaturais estamos cometendo para a ocorrência das anormalidades chamadas doenças, as quais impedem suas atividades. Homens, eis um ponto importantíssimo, sobre o qual devem fazer uma profunda reflexão.

 
20 de abril de 1950
OKADA, Mokiti. A outra face da doença. São Paulo: Fundação Mokiti Okada, 1995.
A INSTRUÇÃO PREMATURA É PREJUDICIAL
 
Talvez achem paradoxal eu falar que o homem da atualidade desenvolveu sua inteligência, mas prejudicou sua capacidade intelectual. O que eu quero dizer, no entanto, é que aumentaram as pessoas de inteligência limitada, superficial, ágil, e diminuíram as pessoas gabaritadas, dotadas de inteligência profunda.
 
Mas por que será que isso acontece? Segundo minhas observações, é uma consequência da instrução efetuada antes do tempo apropriado. A instrução prematura é maléfica porque se incutem conhecimentos sem que a mente esteja suficientemente desenvolvida, isto é, há um desequilíbrio entre as noções transmitidas e o desenvolvimento psicofísico. Em verdade, o homem tem que utilizar o corpo e a mente de acordo com sua idade. Dar a uma criança de sete ou oito anos um trabalho mental apropriado a um jovem de quinze ou dezesseis é uma tarefa excessivamente pesada. Qual será o resultado disso? Vou mostrá-lo através de um exemplo.
 
Quando eu estava no curso primário (entre sete e onze anos), quis aprender judô, mas disseram-me que antes dos quinze eu não poderia fazê-lo. Como eu perguntasse o motivo, responderam-me que, se a pessoa praticar judô ou qualquer outro esporte inadequadamente, poderá prejudicar seu crescimento e desenvolvimento. Naturalmente eles param por causa do excesso de esforço físico. Da mesma forma, no ensino atual, acha-se que é bom uma criança de doze ou treze anos fazer o que um adulto faz. Realmente, durante algum tempo, a capacidade intelectiva se desenvolve com grande rapidez, e por isso a instrução pode parecer boa, mas não há um desenvolvimento em profundidade, formando-se adultos com capacidade intelectiva inadequada e sem uma lógica profunda.
 
Na realidade, no Japão também está diminuindo cada vez mais o número de “grandes” políticos. Portanto, os que estão ligados à Educação devem pensar bastante sobre esse problema.
 
2 de julho de 1949
OKADA, Mokiti. Alicerce do paraíso. São Paulo: Editora Igreja Messiânica Mundial do Brasil, 1981.
Mestre Morihei Ueshiba, um dos seguidores mais conhecidos da religião Oomoto
[Juntamente com Mokiti Okada (Meishu-Sama) e Masaharu Taniguchi
(Fundador da religião Seicho-no-ie)],

fundador do Aikido, uma arte marcial da paz.
A Oomoto realiza a cerimônia em memória ao falecimento de Ueshiba
todos os anos em 29 de abril, no Santuário Aiki na cidade de Iwama.
 

Referências

DOS ANJOS, Emilson Soares. A procura do sagrado: a metáfora nas expressões linguísticas dos textos do fundador da Igreja Messiânica Mundial. Último Andar, São Paulo, v. 22, p. 35-46, out. 2013.

EBD IGREJA Messiânica Mundial.  Secretária Eclesiástica - Assessoria. Disponível em: http://admadureira-estiva.blogspot.com.br/2014/03/ebd-igreja-messia.... Acesso em: 9 jul. 2016.

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MEISHU-SAMA o Senhor da Luz. Biografia. Jinsai.org, [s. l.], p. 1-14. Disponível em: http://jinsai.org/biografia_meishu_sama.pdf. Acesso em: 9 jul. 2016.

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MOKITI Okada. Africarte, [s. l.]. Disponível em: http://africarte.org/?page_id=408. Acesso em: 8 jul. 2016.
 
MOKITI OKADA. Verbete. Wikipédia: enciclopédia livre, [s. l.]. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Mokiti_Okada. Acesso em: 8 jul. 2016.
 
OKADA, Mokiti. Luz do Oriente, biografia de Mokiti Okada. 3. ed. São Paulo: Fundação Mokiti Okada, 1999. Disponível em: http://docslide.com.br/documents/luz-do-oriente-i.html. Acesso em: 9 jul. 2016.

SCHLEZINGER, Hugo; PORTO, Humberto. Religião Oomoto. In: Dicionário enciclopédico das religiões. Petrópolis: Vozes, 1995. vol. II. p. 19-24.
 
SOBRE o mestre Jinsai (mestre Meishu-Sama). Jinsai.org, [s. l.]. Disponível em: http://jinsai.org/meishu_sama.php. Acesso em: 8 jul. 2016.
 
VIDA de Meishu Sama. Disponível em: http://tonycosta.br.tripod.com/johrei/id3.html. Acesso em: 9 jul. 2016.
 
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Rio de Janeiro, 8 de julho de 2016 - 22h
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Enviado por Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz em 09/07/2016
Alterado em 31/07/2018
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