Textos


Cadê us sanfonero?

Mirs ami dechi arraiá,
tô pordimais apreocupada
cum sanfonero quinda num chegô.
Num sei pruquê Marcu Bastão
aconvidô arguém dos cafundó dos Juda!
O home siiscondim Jisgifora,
cidadi pertin du Ridijanero.
Por vidasdúrvida me vesti di home
e pindurei a sanfona nus ombro
caudisquê vô i entrá no lugá do cabra.
Esse trem pesado me dói na cacunda,
mais dechá eche mondigente cum cara de coió,
jururú, a chorá as pitanga
por farta de sanfoneiro, é pecado!
Bamo evita bafafá.
De home fico um tanto amulherado,
por causa dos quadrir avantajado.
Mir tia aqui do lado
adebochô de mir, fidumaégua!
Qui fazê, se dóro a marvada?
É mir tia perferida desdi minina.
Ocêis ispia direitim prá me falá
se dá prá enganá os povo...
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Enviado por Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz em 21/01/2014
Alterado em 04/08/2020
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