Se eu poeta não me basto a mim,
decidi ser voz poema de mil ecos.
Enlevo multiforme.
Eu – em tantos Eus
e tantos Eus – em mim!
Os meus delírios tantos serão tantos,
quanto forem tantos os meus ais!
E, meus ais – quantos (!) –
serão tantos, quanto tantos forem
imprescindíveis aos teus mais!
Será difícil, a mim, por tantos Eus,
saber nos Eus de mim ou nos Eus de ti
em quais estou.
Em mim?
Em ti?
Em nós?
Se eu poeta não me basto a mim,
decidi ser voz poema de mil ecos.
Enlevo multiforme.
Eu – em tantos Eus
e tantos Eus – em mim!
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Cabo Frio, 16 de fevereiro de 2010
Aos meus-Eus e não-Eus.