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E por falar em Heterônimos...


Se eu poeta não me basto a mim,
decidi ser voz poema de mil ecos.
Enlevo multiforme.
Eu – em tantos Eus
e tantos Eus – em mim!

Os meus delírios tantos serão tantos,
quanto forem tantos os meus ais!
E, meus ais – quantos (!) –
serão tantos, quanto tantos forem
imprescindíveis aos teus mais!
Será difícil, a mim, por tantos Eus,
saber nos Eus de mim ou nos Eus de ti
em quais estou.
Em mim?
Em ti?
Em nós?

Se eu poeta não me basto a mim,
decidi ser voz poema de mil ecos.
Enlevo multiforme.
Eu – em tantos Eus
e tantos Eus – em mim!


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Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Cabo Frio, 16 de fevereiro de 2010

Aos meus-Eus e não-Eus.

Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Enviado por Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz em 19/01/2014
Alterado em 19/01/2014
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