Série: ExperiênciasDigladiar entre o tudo e o nada
No campo da intelectualidade, o mundo contemporâneo promove uma desconstrução da realidade e uma ruptura com princípios estabelecidos através do tempo e do espaço. Mas, ao revés de decifrar novos horizontes, a experiência humana sucumbe estilhaçada a uma epidemia viral que assalta o pensamento e, por extensão, a palavra. As boas intenções (quando existem) são azorragadas pela corrupção pertinente aos incompetentes.
Percebe-se com distinção o caos. As novas tecnologias, postas a serviço da Humanidade, subvertem-se à decadência dos valores humanos e à margem do processo criativo vê-se por fácil cultuar o fenômeno do selecionar, copiar e colar... e assinar como seu o que por direito é de outrem. É como se tudo afundasse na areia movediça da falta de profundidade. É como se inexistisse um significado para o vocábulo Ética.
A pressa pela produção em série, em nome do prestígio temporário e ilusório, oferece a sensação de que quanto mais se movimenta a caneta ou os dedos ao teclado, mais submerge a mente humana aos meandros da mesmice. Nesse átrio, a palavra escrita ou falada – ambas no centro da modernidade – assumem significados imprecisos: precipício ou salvação, competência ou incompetência, vergonha ou falta de vergonha.
É possível reverter o discurso do nada em disciplina relevante? - Inquirição que reverbera à benignidade de pessoas conscientes...
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Rio de Janeiro, 24 de setembro de 2010 – 1h32
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Enviado por Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz em 19/01/2014
Alterado em 21/10/2018
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