Se te fores de mim,
resgatarei no vento o lastro do teu estro
para anexá-lo ao som de um bolero,
no céu, em cada estrela onde adormeces...
Reclamarei aos empíreos o triunfo
de ter em serenata o canto azul
daquele que me encanta o destino
e assovia assombros de prazer
aos meus ouvidos – sonho do viver!
Se de ti me for,
esparzirei no vento o rastro do meu cio
e quando me encontrares, ao faro do prazer,
pelo inconstante brilho dos meus olhos,
em fúria me arrastarás, doido esplendor,
aos ardilosos pelos presos no teu corpo...
Por dedilhar-me em rimas, teus desejos,
meu lombo forte e teso arqueará,
ajoelhando-se, para sempre, aos versos teus!