E só querias o meu silêncio...
Querias
o invólucro rútilo
da quimera,
mas fui fera,
pantera;
fiz barulho
no teu prazer
Querias
o purpúreo filo
do meu poente,
mas fui candente,
demente;
fui gorgulho
no teu beber
Querias
o fidalgo estilo
d’alma incógnita,
mas fui pepita,
bonita;
fui orgulho
no teu querer
Querias
o doce sigilo
da vestal,
mas fui carnal,
carnaval;
fui marulho
no teu fazer
Só querias o meu silêncio,
dei-te meu grito...
eu não sabia...
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Cabo Frio, 15 de novembro de 2008 – 13h07