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Autofagia

devoro-me tuas invejas
devoro-me tuas traições
devoro-me tuas injustiças
devoro-me teus sarcasmos
devoro-me teus desamores
devoro-me teus desenganos
devoro-me tuas perseguições
devoro-me tuas cafajestagens
devoro-me tuas achincalhações
devoro-me tuas incompreensões
devoro-me teus desentendimentos
devoro-me tuas incompetências
devoro-me tuas intransigências
devoro-me tuas acomodações
devoro-me teus açodamentos
devoro-me teus preconceitos
devoro-me tuas truculências
devoro-me tuas corrupções
devoro-me tuas irreflexões
devoro-me tuas falsidades
devoro-me tuas covardias...

e, quando, então,
tua morbidez,
tua incultura,
tua sujeição,
tua inépcia,
tua falácia,
teu ser bobo
se glorifica
e me c
doída,
ferida,
jugulada
e vencida
ao teu açoute...
vomito-me teu desamor inteiro
e teu mal se refaz no chão
- em seiva -
da qual renasço,
vingo e frutifico
E TE SOU PERDÃO!

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*** Ao perdão ***
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Cabo Frio, 11 de agosto de 2009 – 12h31
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Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Enviado por Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz em 24/07/2012
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