Vorta logo meusamô!
Deisquiocê se foi simbora
mi senti jugada fora
to quinem arara morta.
Dichamá os meusamô,
fiquei rôca i num tem flô
qui mienfeite a boca torta.
Vivo presa no arraiá
sartitano lá i cá.
Meu pai tá qui nem mordaça
adispois qui viu vancê
miatracá no trelelê,
já num sei maisu quifaça.
É mui bão que vorte logo
meusamô, sinão miafogo
di sodade i di paxão.
Vem casá vancê cumigo,
grito aqui cus meusumbigo,
doidimais meu curação!
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Rio de Janeiro, 29 de junho de 2012 – 19h32