Poros que se beijam
Perfeição...
Perfeição...
Perfeição...
Definir o encontro
de poros que se beijam
um a um,
sem medos de insatisfações...
Perfeição...
encontro de bocas, de línguas,
de saliva engolindo saliva,
de aperto roxo,
de pernas abertas e fechadas,
de gemidos clamados
no silêncio do amor...
Perfeição...
Encontro de pele
cavalgando pele,
de sonhos conversando sonhos,
encontro de palavras premidas
em forma de sexo felino,
na boca um do outro...
Perfeição...
Encontro de mãos,
de pernas enroscadas,
de prazeres escondidos
e guardados na alma,
só para nós dois,
só nós dois, ninguém mais...
Desnecessário e impossível
procurar em outros caminhos
o prazer de ontem...
Nosso caminho,
nosso encontro de vida e amor,
de sexo e prazer
é único e inconfundível,
em meio a saias de cigana,
blusas arrancadas e jogadas no chão...
É único em vergonhas apaixonadas,
ensaios indecisos,
em vem e vai de corpo a corpo...
Nós dois, realizando sonhos adormecidos...
Nós dois, abrindo o sexo e a alma
para um momento de vida!
Nós dois apenas... em nós apenas...
Um no outro... em mais ninguém...
O prazer de ontem,
na perfeição de hoje...
Apenas, inconfundível!
Nada mais...
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Rio de Janeiro, 3 de janeiro de 1990 – 23h45
Fundo musical: Ernesto Cortazar. Contigo Aprendi