Jamais saberás
Jamais saberás,
se fui verdade em mentira,
ou mentira na verdade;
se gozei aos teus abraços
ou abracei o teu gozo.
Jamais saberás,
se salivei no teu gosto
ou meu gosto te entreguei;
se me perdi em teu sexo
ou teu sexo desvendei.
Jamais saberás,
se inspiraste meus poemas
ou se me fiz teu poema;
se no homem me encontrei
ou me encantei no poeta.
Jamais saberás,
só eu sei.
Se certeza tiveres de que sabes,
nem sabes que não me soubestes.
Jamais saberás,
só eu sei.
Cabo Frio, 8 de maio de 2008 – 16h32