Permita-me sonhar
Queria ser um pedaço de lua,
queria ser um pedaço de mar,
de flor, de chão...
Queria ser um pedaço de amor,
uma canção incompleta,
uma ilusão...
Queria ser o poema sem fim,
a pintura eterna,
o relógio sem corda,
o lençol rasgado e manchado de amor.
Queria ser a água da chuva,
o canto desafinado,
o sapato furado...
Queria ser essa mulher amada,
que abraça o nada e tem tudo
num instante impossível de se entender.
Queria ser a lágrima do olhar brilhante,
a cadência do samba,
a noite...
Queria ser um pedaço de lua,
queria ser um pedaço de mar,
de flor, de chão...
Rio de Janeiro, das 20h30 às 20h35 de um dia de 1989...
Este poema, tempos depois deu nascimento à tela "Permita-me sonhar"
- Acrílica e colagens sobre tela 1,43m x 1,24m -
O original do poema, escrito à mão, encontra-se
no quadro, sob a forma de colagem.
Fundo musical: Secrets of my heart. Ernesto Cortazar
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Enviado por Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz em 15/01/2011
Alterado em 26/06/2016
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