Eu, por mim - um só compasso
Uma hora e quarenta e seis minutos do dia dois de dezembro de mil novecentos e cinquenta e um. Madrugada desde o nascimento, aprendi a ser flor livre com a primavera que me trouxe ao mundo. Aliás, papai sonhou-me flor antes de nascer e, à imaginação de mamãe, minha chegada ao mundo foi coroada por uma revoada de pombos que fugiram pela janela. Amei e fui amada. Eu-poeta sonhei e eu-mulher pari três vezes e três vezes fui mãe. Eu-mãe. Enquanto mãe, não sou mais nada, a não ser mãe. Basto-me. Através das telas, pincéis e tintas, criei meu mundo, por mim mesma. Agora, em outono-flor - porque outono é saber e flor é sonho e esperança - reencontro a paz somente vivida na infância. Reescrevo, passo a passo, a vida em poemas. Ensino o que sei. Aprendo o que não sei, todos os dias. Procuro entender a Justiça e a transmutá-la em direito meu. Perco e ganho. Morro e renasço, por diversas vezes. Fênix do amor! Do amor, para o amor! Sempre.
Cabo Frio, 11 de maio de 2009 – 14h53
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Enviado por Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz em 12/01/2011
Alterado em 06/12/2018
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