Vida cigana
"O Céu é meu teto,
a Terra é minha pátria
e a Liberdade é minha religião."
Abrir os olhos para um céu eterno e imutável,
calcando os pés em terras diferentes.
A cada dia um novo horizonte
que deixa à ventania sem dono os cabelos longos,
encaracolados de sonhos.
A cada momento um novo desafio,
que desafoga a viril energia
a correr pelos campos estrangeiros.
Dormir ao relento, na calada da noite,
eternizando-se nas asas da liberdade enluarada.
Riqueza dourada
de pontes de ouro sorridentes,
engaioladas em dentes brancos de bocas sedutoras.
Minha idade criança
contida num medo e desejo incontidos
de ser roubada,
arrastada
de corpo e alma,
de amor e paixão,
para aquele mundo alegre
de dança de roda e encanto de flor...
Roupa cigana,
canto cigano,
jeito novo de chegar
espalhando sedução
e de roubar os corações num instante,
para depois, de repente, ir embora
sem fornecer rastros
de endereços,
nem e-mails...
Nômades,
ricos de liberdade e de afeto,
de moral peculiar,
de cultura e de costumes,
de leis editadas ao tempo
e de honra cravada na vida.
Nômades,
com fé na esperança e nos deuses
das raízes do seu povo...
Nômades,
cada dia num chão
e para cada chão
um mapa bordado no coração.
Ciganos e ciganas.
Liberdade:
inexplicável e incontrolável aspiração
da natureza humana!
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Poema escrito, especialmente, para constar em uma questão de prova
realizada para avaliação da disciplina
Introdução ao Estudo do Direito I, no segundo semestre de 2005.
Homenagem a uma turma muito querida.
Fundo musical: Alma cigana.
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Enviado por Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz em 08/01/2011
Alterado em 20/07/2012
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