Vejo-me água... mulher!
Se estou em algum lugar é porque ali deveria estar. Se ao início não sei a razão, com certeza, a desvendarei claramente, através da vida. Ora rolo leve entre caminhos limpos, ora sujo-me pelas curvas malcriadas... Por vezes, a poluição ameaça meu destino, mas afoita continuo a rolar. As correntes difíceis, por elas mesmas, purificam-me. Entrego-me ao marulho do amor e sou pura. Quando me ofereço ao prazer da paixão sou belamente fêmea. Agora... e por agora, permaneço a sós em meu leito... Opção que não sei por quanto tempo durará. Nem me peocupo com isto, porque descobri em mim a mulher que se suporta sozinha. E se admira e gosta. Mas, de tudo, o que importa é a pureza mantida e a vida que carrego à transparência da minh'alma...
Rio de Janeiro, 1º de janeiro de 2011
Foto pessoal, 2007
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Enviado por Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz em 01/01/2011
Alterado em 20/01/2014
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