Não sei o que fazer! O que fazer agora?
Sonhei teu pulcro olhar e incandescente riso,
deitei-me ao peito ardor, que o meu prazer ancora,
não sei por onde andei – se inferno ou paraíso!
Não sei o que fazer! O que fazer agora?
Cantei minha emoção por bálsamo impreciso,
ousei não te esquecer aos píncaros da aurora
e à dor - longínquo mal - meu ser se fez inciso!
Ao beijo da tua boca, as nuvens do desejo
são versos de ternura, encanto de mil vidas...
Ardor, furor, pudor... sou tudo e em ti sobejo!
Atrás do teu silêncio, ao meu querer sonoro
és joia que me enfeita às luas esquecidas...
Confusa, assim e enfim... a desejar-te enfloro!
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Rio de Janeiro, 17 de setembro de 2010 - 2h55
Reeditado em 10 de julho de 2015 – 4h33