O ressurgir da fêmea
Não sei bem como iniciar essa história,
essa aventura ou loucura...
Vivo um momento primeiro
que me comanda o espírito,
preenche o coração e
satisfaz o corpo.
Apaixono-me pelos próprios olhos
ao simples motivo de que enxergam.
Gosto da palavra redescoberta para a sedução
e do sorriso que escapa na malícia.
Sonho tal qual adolescente apaixonada
e sinto aperto no peito ao som dessa canção...
Galanteio o espelho
e adorno de rosa o cabelo,
sentindo-me bonita e cativante.
As lingeries coloridas e rendadas
harmonizam-se com a roupa exterior,
no afã de provocar a carícia do teu olhar.
Sou fêmea no estro.
És jovem macho.
Na realidade, escrevo-te a ti,
em homenagem à voz que me encanta o ouvido,
ao sorriso que me embeleza as manhãs,
ao corpo que me deslumbra e seduz
ao cair do dia...
Rio de Janeiro, 30 de novembro de, talvez, 1998.
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Enviado por Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz em 27/08/2010