Espero-te em requinte. Ao sonho noite afora,
ternura extravagante em meu vigor ancora...
Se asilo tantos sóis ao fogo do meu peito,
por flamas incendido esvais em nosso leito.
Espero-te em requinte. Efêmera no agora,
sou lábios de champanhe e veludez de amora...
Em verso lenda afino os meus bemóis com jeito
e os pelos em atóis revelam meu trejeito.
Espero-te em requinte. As luvas, teu deleite,
cobrindo-me estas mãos e ao tom da noite quente,
são cor de renda negra a provocar-te o leite!
Espero-te em requinte. Amor do meu passado,
estrela triste sou por me aclamar descrente:
- Manhã na tua manhã, doce amanhã - teu fado!
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Cabo Frio, 8 de janeiro de 2010 – 0h46
Reeditado em 3 de maio de 2016