Ainda pequenina, escolhi a cor azul para enfeitar os meus dias, mas, com a chegada da minha netinha Júlia, para o mês de maio, transformei-me em cor-de-rosa...
Transgredi alguns limites inadmitidos para uma menina dos anos 51: ostentava vontade própria, subia pelas copas das árvores e brincava de carrinhos rolimã com os meninos. Ao mesmo tempo, confeccionava as próprias bonecas e sentia-me linda à frente dos espelhos. Não me fixava no mundo real... vivia os meus sonhos e a minha poesia interior... Ainda hoje, escuto da minha irmã mais velha, com referência à infância e à adolescência: "Em que mundo você vivia, Sílvia?"
Rigorosa. Moralmente inabalável, ainda que a fantasia dos maledicentes tentasse invadir a minha pureza diante da vida. Polêmica? - Sempre!!!