Textos

Perfeição!

Fazer-te amor

é ser fêmea no cio
e garota descalça no meio da rua
em dia de chuva.

Receber-te seca ou molhada
É ser macho propício
e menino calçado
em doçuras e ternuras.

Fazer-te amor
é enroscar-me nas estrelas
e subir ao céu por um instante
eterno e infinito.

Dar-te amor
É ler nas entrelinhas
A compreensão dos teus desejos
E voar junto contigo nas nuvens

Amar-te
é mais do que um encontro de corpos
que se desejam, se excitam
e se aprazem um dentro do outro.

Completar-te
É fluir pelas tuas veias...
Acendendo todas as centelhas
Muito mais que uma noite inteira

Amar-te
é esquecer teu sexo rijo
e à disposição dos meus desejos,
para ouvir as palavras de amor e ternura,
que mergulham nos meus ouvidos.

Saciar-te
É acoplar e incorporar
Junto aos beijos e abraços
Toda uma vida de sensualidades
Desprendida  das aprendizagens
São doçuras e virilidades
Na suavidade das carícias

Amar-te
é permitir que galopes no meu corpo,
onde até os poros se calam
para sentir-te melhor.

Desejar-te
É galopar na sinfonia dos teus gestos
No veludo da tua pele
Explorando cada célula

Amar-te
é sujar-me na lama molhada
e deixar-te lamber a minh'alma,
neste momento de paz.

Querer-te
É não temer a explosão
De uma paixão
E sugar e se entregar
Em cada estação

Amar-te
é ser tudo o que desejares na cama ou na vida;
é beijar tua boca gostosa e sensual
e, ao mesmo tempo, beijar-te a alma.

Entregar-se
É ir ao mais profundo
De um ser e adormecer
No colo macio da eternidade

Amar-te é...



Dueto: Silvia Mota e Hildebrando Menezes
Inspirado no poema original ‘PERFEIÇÃO’ de Silvia Mota, 23 anos depois de escrito

http://recantodasletras.uol.com.br/poesiasdeamor/2226864

Nota: “Hildebrando, inédito, até o momento, “Perfeição” é um poema inacabado. Adormeci enquanto o escrevia e preferi deixá-lo assim, da forma como o encontrei na manhã seguinte. É o retrato de um amor-paixão, que, através dos meus versos, eternizou-se nos sonhos. Em solo ou dueto, outro não poderia, jamais, ser o título...O sentimento implícito neste poema, mantenho-o guardado, a sete chaves, aos faróis da minha eternidade...

Inigualável. Talvez, por tal motivo, não oferecê-lo a outro olhar, que não fosse o meu, por tanto tempo! Vinte e três anos após aquela madrugada inesquecível, sob a forma de versos, buscas hoje um diálogo, na tentativa de materializar respostas que obtive através de olhares, cuja lembrança ainda guardo na retina; e ações, que se tatuaram na minh'alma. Buscas, meu amigo... e alcanças meu paraíso. Sou tua e és meu, aos versos de nós dois. Duo... uno.” Silvia Mota

Veja o poema em vídeo:
PERFEIÇÃO!- Dueto: Silvia Mota e Hildebrando Menezes

http://www.youtube.com/watch?v=u5Y0sQvhwOk

Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Enviado por Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz em 12/06/2012
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