Meu Diário
03/07/2016 03h18
1960 - Infância - Concurso da "Princesinha Escolar"

Piquete - São Paulo - 12 de outubro de 1960 (estava com 8 aninhos, quase 9).

Encontrei por aqui e achei uma gracinha! Eram várias princesinhas, mas somente uma venceu o concurso - Beatriz Marun - por maior número de votos "vendidos".

Recebíamos um talão com determinada quantidade de votos e, à medida que acabavam, recebíamos outro. A festa para entrega dos diplomas foi na Associação Comercial de Piquete, na Praça da Bandeira. Minha memória é terrrríííível, mas lembro-me bem do evento.

Documento oferecido por Beatriz Marun, no Facebook,

quando publiquei meu diploma.

 


Publicado por Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz em 03/07/2016 às 03h18
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03/07/2016 02h42
14-12-1959 - Grupo Escolar Antonio João

Mais um documento que encontrei por aqui...

14 de dezembro de 1959 - aos 8 aninhos inaugurados no dia 2 de dezembro de 1959 - Grupo Escolar Antonio João - Piquete - São Paulo - Brasil. Cartão de promoção para o terceiro ano primário... Que belezinha!


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03/07/2016 02h03
Década de 50 - Foto da infância - Fragmentos do passado

Sou menina e moça dos dias de outrora, que agora sonho e enxugo lágrima verde, que embaça olhos de pureza... e outra... e outra mais...

Laços de fita engomados emolduram de branco minhas negras tranças e bonecas alegres sentam-se ao meu lado nos bancos escolares. À sala escura do cinema sou Jane do Tarzan e dedos saltitantes campeiam garbosos pelos teclados e botões de um verde acordeon. Ao palco da adolescência, sou Miss Estudante, sob olhos dos meninos medrosos do meu pai, que me surrupia da festa qual Gata Borralheira. Chão de paralelepípedo estremece patriota por onde desfilo altiva - coração aceso em chama - e exibo ao passo certo, a Bandeira do Brasil.

Sou menina e moça dos dias de outrora, que agora sonho e enxugo lágrima verde, que embaça os olhos de pureza... e outra... e outra mais...

Texto escrito em:
Rio de Janeiro, 17 de novembro de 2010 - 2h53
Fotografias: Eu, Luíza e meus três irmãos.
Da esquerda para a direita: Miguel Mota, Luíza, Geraldo Mota, Auxiliadora Vieira e Sílvia Mota


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02/07/2016 17h55
02-12-1951 - Eu e o meu avô materno Horácio Pereira Leite

Meu Avô materno parecia um índio e todos os seus netos, provenientes do segundo casamento, eram loirinhos. Então, cheguei com os cabelos negros e os olhos azuis. Contava Mamãe que ao me olhar pela primeira vez meu querido Avô disse orgulhoso, levantando-me bem alto: "Essa é minha!" Chamava-me de "pretis" ou de "pretórix". Era pequenina quando vovô Horácio se foi.

"Era pequena demais
para entender
a falta que você me fez..."

Minha irmã Auxiliadora Vieira escreve, no Facebook, sobre o nosso avô:

"[...] nosso avô Horácio possuia ascendência indígena através de sua bisavó. Ele dizia que ela havia sido caçada a laço rsrs. No entanto, como acontece na miscigenação que formou o nosso povo brasileiro, ele era de ascendência também portuguesa, através dos Pereira Leite. Segundo encontrei em uma revista Genealógica Paulistana, os Pereira Leite eram cristãos novos, fugidos da ação inquisitorial do Marques de Pombal. No Brasil instalaram-se em Pouso Alto, MG de onde desceram a Mantiqueira, em busca de terras mais férteis para o cultivo do café, até São Paulo e o norte fluminense, tornando-se cafeicultores na região de São José do Barreiro, Areias, Queluz, Resende e Bananal, onde nosso avô nasceu. A história do Brasil passa também pelos Pereira Leite. No início do século XIX, logo após o Dia do Fico, em 09 de janeiro de 1822, o príncipe regente Dom Pedro criou a sua Guarda de Honra, arregimentada entre jovens patriotas voluntários, moços das mais distintas famílias, que se destinavam à proteção do príncipe, apoiando o seu objetivo de conduzir a emancipação brasileira do domínio lusitano. Partindo em busca de aliados, ao passar por Resende, Dom Pedro anexou a sua comitiva quatro jovens da cidade: Antonio Ramos Cordeiro, José de Rocha Correia, Antonio Pereira Leite e David Gomes Jardim. Esses jovens acompanharam o príncipe pelo restante de sua viagem, que culminou na proclamação da Independência em 07 de setembro, às margens do Ipiranga. A Guarda de Honra foi transformada em Guarda Imperial e durou até 1831, quando Dom Pedro I abdicou do trono brasileiro em benefício de seu filho. Décadas depois, as famílias Pereira Leite e Jardim, representadas por Horácio Pereira Leite e Corina Jardim, uniram-se em matrimônio. Nossa bisavó Ovídia, mãe do vô Horácio, também contribuiu para essa miscigenação. Ela era italiana, da primeira leva de italianos vindos para o Brasil, para substituir a mão de obra escrava - ainda não liberta, uma vez que vô Horácio nasceu em 1888. Mamãe, que a conheceu, contava que ela possuía os olhos muito azuis e relatava ter se casado aos 14 anos. Nosso bisavô Antonio era proprietário das terras em que seus pais labutavam e foi busca-la no dia do casamento em um cavalo branco com arreios de prata. Mamãe dizia que ela contava isso com muito orgulho - então devia significar algo na época (no final da década de 80 do século XIX). Mamãe relatava ainda que o respeito dela por seu filho mais velho era tão grande que nunca o chamava pelo nome - era "seu" Horácio sempre. Isso nos parece esquisito mas se assistirmos alguns filmes de época veremos que as mães tratavam assim os seus filhos possuidores de mais posses que elas. Muitas histórias para contar e investigar."


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02/07/2016 16h50
02-12-1951 - Meu nascimento

Meu nascimento

Dois de dezembro de 1951, 1h46. Nasci. Em casa, parto normal, com 5,250kg distribuídos em 56cm. Cabelos negros e olhos azuis. Enxoval azul.

Irrefutável! Gerada a partir de um olhar e de beijos transparentes. Mãos se tocaram, corpos se enroscaram e sexos se uniram. Era parte daquele tronco que escorrera leite para dentro de uma flor, da qual também provinha. Elo em Lei Universal, causa e efeito.

- "Tem crianças novas aí?" - perguntou, a esfregar os olhinhos, a irmã pequenina.
- "Sim. É uma menininha!" - responderam meus pais.
- "Ahnn!... A cegonha errou!..."

Ao pensamento da bela loirinha de cabelos encaracolados caídos sobre o rostinho sonolento, meu nascimento era um grande erro. Mas, não foi essa a impressão de mamãe e papai. Esse, dias antes, sonhara um sonho diferente. Meu rosto perfazia-se no miolo de uma linda flor. Então, avisou a todos que o neném ao ventre de mamãe era uma menina e não um menino como esperavam. Noites depois, outro sonho. Dessa vez, visualizou uma jovem ornada por um vestido dourado, que caminhava, princesa altiva, no alto de uma montanha. Relatava papai que encantado pela beleza que se colocava num quase uníssono ao infinito, cobiçava ver-lhe o rosto. Ansioso, aproximava-se atento a cada movimento elegante daquele pisar. Mas, o faiscar da desconhecida aparição ofuscava-lhe os sensíveis olhos azuis. Então, quase que num golpe de piedade, a quase-deusa olhou-o de frente e aquele fatal olhar demarcou um eterno amor. Quando crescida, ouvia-o contar que reconhecia em mim o rosto encantador do sonho. Coisas de pai apaixonado.

Mamãe descrevia meu nascimento com inigualável beleza: - "No momento em que você veio ao mundo, uma revoada de pombos saiu pela janela. Foi um barulho de asas plá plá plá plá plá e uma alegria indescritível apoderou-se de mim... impossível explicar o que senti!"

Ah! Quanta inveja sentia daquela tal alegria! Bem mais tarde, ao primeiro vagido de cada filho que trazia ao mundo, vivenciei o milagre, sempre o mesmo. Sempre, inexplicável.

Foto: Eu recém-nascida ao colo do meu avô materno e minha irmãzinha, que, depois do meu nascimento caiu de amores, transformando-me em sua bonequinha viva.


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Imagem de cabeçalho: jenniferphoon/flickr